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Planejamento Orçamentário – PO

O Planejamento Orçamentário (PO) é o plano financeiro estratégico de uma empresa ou organização para a gestão, em determinado exercício, com o cálculo das receitas, das despesas e do lucro esperado. Ou seja, com a estimativa das entradas e saídas de recursos ao longo do período e do lucro. 

Certamente você já elaborou ou deve estar elaborando planejamento orçamentário da sua empresa para o ano de 2024. Afinal, esta é a principal ferramenta de gestão de qualquer negócio, de qualquer porte e segmento. 

No caso de uma empresa varejista, o PO, além da previsão de receitas, despesas e resultado (lucro), deve contemplar também o planejamento de margem, estoque (cobertura) e compra. 

Dirigir uma empresa sem ter um PO com Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) – Previsão de Lucro, é a mesma coisa que pilotar um avião no escuro e sem instrumentos. 

Com a elaboração de um PO, o empresário tem uma noção exata de qual é o resultado esperado do seu negócio por loja e o total consolidado. O que permite identificar, com a devida antecedência, o lucro previsto por cada unidade. Cito lucro em vez de resultado, porque se uma determinada loja tem uma previsão de prejuízo ao longo do exercício, o gestor deve adotar estratégias para torná-la lucrativa. Caso não seja possível, providenciar o seu fechamento com a devida antecedência. Não podemos manter uma loja que apresenta prejuízo sistemático, sugando o lucro deixado pelas demais, a não ser por alguma razão muito especial, que não deve ser sentimental. 

Na elaboração do PO o gestor deve ser pessimista nas vendas (receitas) e otimista nas despesas. Aliás, a tendência do empresário lojista, por sua própria natureza de empreendedor, é achar que vai vender muito mais e gastar sempre menos, o que na prática nem sempre ocorre. 

Planejamento das vendas 

O gestor deve traçar um cenário levando em conta: 

  1. Tendências do mercado onde atua para o período orçamentário; 
  2. Possível comportamento da concorrência; 
  3. Comportamento das vendas nos últimos três anos; 
  4. Ações que serão implementadas para ganhar participação no mercado. 

Resumindo: fazer uma análise do ambiente interno e externo. 

Pelo lado das despesas, deve ser analisado o comportamento dos custos no último ano e as tendências do mercado. Por exemplo, o aumento do IGPM no ano de 2023 pode aumentar os custos de ocupação em 2024. Do mesmo modo, não deve ser esquecido nenhum tipo de despesas, por menor que seja. As rubricas de pequeno valor são as que normalmente consomem o lucro das pequenas e médias empresas. 

Contudo, somente a elaboração do PO não resolve o problema das empresas. Ele deve ser uma ferramenta básica de gestão e precisa ser acompanhado mensalmente, mediante a comparação do previsto com o realizado. Como também deve ser dedicada atenção especial para os itens acima de “x” por cento. O percentual de 10% é um bom número para começar a analisar todas as receitas e despesas com variação superior, em relação ao previsto. E, nesse sentido, adotar estratégias visando identificar os motivos das distorções e ações para corrigi-las. 

IMAGEM: Freepik

Juedir Teixeira – Doutor em Administração (Ph.D.), mestre em Gestão Estratégica de Negócios. Vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro e fundador da JTB Consultoria. Membro do Conselho do Varejo da Associação Comercial de São Paulo, palestrante, consultor e autor de livros na área de Gestão de Negócios. 

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