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Yamamura se reinventa para reter consumidores nos diferentes canais

Há 50 anos, a Yamamura se destaca no mercado por oferecer soluções em iluminação. Fundada em 1972 pelo casal Tokyo e Chie Yamamura, na Rua da Consolação, é um dos ícones da capital paulista quando o assunto é decoração. 

A empresa atravessou diversas turbulências em meia década de existência, como os diversos planos econômicos, um incêndio na unidade central nos anos 1970 e a pandemia de covid-19, mas nunca deixou de se reinventar e se modernizar. 

O empreendedorismo sempre esteve no sangue da família. Poucos sabem que antes de se consagrar como uma loja de luminárias, o endereço da Rua Consolação abrigou um salão de cabeleireiros comandado por Chie e Geraldo.

O grande diferencial da Yamamura foi a democratização dos lustres, com preços mais acessíveis já que, antigamente, lustre era considerado um artigo de luxo. Também mudou a forma como os produtos eram vendidos no mercado de luminárias: todos pendurados no teto. 

Hoje, eles ficam instalados na altura dos olhos dos clientes para que eles possam observar os detalhes e tocá-los. Isso foi uma decisão do próprio Geraldo. No livro Yamamura: 50 Anos Luz, lançado em 2022 para comemorar a meia década da marca, Chie conta essa história: “menos de um mês depois que baixamos os lustres, toda a concorrência seguiu o nosso exemplo. É impressionante como era aguçada a intuição do Geraldo sobre as preferências dos compradores”, lembra a matriarca da família.

OMNICANALIDADE

O presidente da empresa, Roberto Yamamura, um dos três filhos do fundador, falou com o Diário do Comércio sobre as mudanças que a marca tem feito para se modernizar. A omnicanalidade está dentro dessas vertentes de modernização, em um segmento tão tradicional como o da decoração. 

Para ele, atuar em multicanais é uma realidade. “Estamos sempre buscando melhorias para que a experiência do consumidor, em todos os nossos canais, seja surpreendente, emocionante, gratificante e relacional”, diz.

Atenta às necessidades de clientes e profissionais como arquitetos, decoradores e lighting designers, a Yamamura oferece atendimento especializado focado em projetos de iluminação e, na loja da Consolação – a primeira da rede – dispõe de uma Sala de Projetos. As demais lojas ficam no Shopping Lar Center, em Santo André, em Campinas e em São Bernardo do Campo, além do e-commerce.

“À medida que o mercado vai evoluindo, o consumidor vai mudando seu comportamento e passa a explorar novos canais. Em busca da proximidade com nossos clientes, lançamos nossa loja virtual há 10 anos”, conta Yamamura.

Além do e-commerce, a Yamamura atua com conteúdo dedicado para redes sociais, como o Instagram, o Facebook e o Pinterest, para vender os produtos por meio de links para a loja virtual nos posts informativos e com cenários reais de ambientes. Também faz atendimento aos clientes via Whatsapp.

Mas como chegar a uma boa experiência para o cliente em canais tão diferentes? Roberto Yamamura explica que é necessário um trabalho de melhoria constante para que toda a experiência dos consumidores seja satisfatória. 

“Cada canal tem sua particularidade, mas o nosso desafio é criar conexões mais autênticas e humanizar as experiências na era digital. A vantagem é criar valor de marca, fidelizar e criar uma memória afetiva.”

Uma das grandes preocupações de comerciantes que têm lojas físicas, mas atuam nos meios digitais, é a fuga de clientes no modelo convencional. E não é diferente na Yamamura. 

“Há sempre uma preocupação com isso, principalmente pela mudança de comportamento do consumidor. Por este motivo, é importante ser relevante em todos os canais e criar maneiras para que o cliente queira visitar as lojas físicas, seja por meio de serviços ou de experiências criadas”, pondera Roberto.

Atualmente, o maior percentual de clientes da marca ainda ocorre nas lojas físicas, porém, há um crescimento constante dos meios digitais. Para isso, a Yamamura possui profissionais especialistas para atender aos diversos tipos de consumidores e parceiros em todos os seus canais.

Texto de Cibele Gandolpho, publicado no Diário do Comércio em 10/07/2023

IMAGEM: Emerson Rodrigues/divulgação