Skip to content Skip to footer

Os elefantes que passam na frente do varejo

Nos últimos tempos, um dos principais temas discutidos em todas as rodas de especialistas do varejo são, em grande parte, relacionados a questões que envolvem inovações e/ou tecnologias que dizem que irão revolucionar ou mesmo transformar o varejo. Bem como a forma com que o consumidor estará se comportando. 

É indiscutível, porém, que muitos destes temas como o Metaverso, algo quase que obrigatório no decorrer de 2022, por vezes nem sempre se tornam realidade. Apenas tiram o foco dos empresários, em especial aqueles de médio e pequeno portes. Isso, sem considerarmos aqui os microempresários, que geralmente ficam apenas cientes destas tendências. No entanto, por conta do dia a dia extremamente corrido, não conseguem parar para se organizar. Sendo muitas vezes “engolidos” por elas. Em alguns casos, as tais mudanças acabam fazendo com que seus negócios simplesmente deixem de existir. 

O que quero destacar aqui, porém, é o fato para o qual esses empresários, principalmente os de pequeno e médio portes, precisam se atentar. O consumidor está mudando seus hábitos por conta, especialmente, das facilidades que algumas tecnologias e comodidades oferecem. Contudo, o básico e por que não, o principal, permanece desde sempre no ponto central dos negócios do varejista. Ou seja, simplesmente oferecer o melhor atendimento ou experiência ao consumidor.  

Aliás, reitero o ponto de que o pequeno varejista, trabalhando sua equipe que normalmente é enxuta, pode ter grande vantagem sobre as grandes redes. Sendo assim, já que é possível para eles saber os gostos de seus clientes e os produtos que mais os agradam, podem trabalhar as vendas com maior precisão. Além de outros tantos pontos que fazem com que seus clientes os prefiram. 

Obviamente, estes empresários precisam se atualizar oferecendo aos seus clientes diversas ferramentas para que possam se comunicar e efetuar suas compras sem necessariamente passar na loja física. No entanto, isso não significa que precisam estar num marketplace (que, inclusive, por vezes pode levar esses pequenos a um resultado financeiro negativo). Mas, por exemplo, ter um canal de comunicação via WhatsApp. 

Ainda assim, é preciso ter alguns sistemas implementados, o que hoje se torna cada vez mais fácil de se contratar. São sistemas de gestão que permitem controle financeiro e de estoques, entre outros, e que farão com que o negócio em si possa evoluir. Com isso, sobrará ao empresário mais tempo para se dedicar ao cliente que ficará muito mais satisfeito e possivelmente sua fidelização será maior. 

Finalizo trazendo mais um ponto extremamente importante: nos congressos dos quais participo sempre se parte de pontos que envolvem exemplos e situações envolvendo grandes empresas ou mesmo cidades populosas. Porém, nosso país é muito grande e com realidades muito distintas, sejam por conta de condições financeiras das pessoas, por questões de infraestrutura de cada cidade ou até mesmo por conta costumes dos habitantes. 

Com isso, o que quero deixar como ponto de reflexão é que não existe um remédio único para todos os varejistas. Seja por tamanho, por vertical ou mesmo pela localização onde têm seus negócios. Os desafios aqui não são pequenos, mas as oportunidades são gigantes e estão aí para todos que se prepararem e se dedicarem.  

Resumindo, os elefantes passam na frente do varejo, enquanto se fica procurando formigas. 

IMAGEM: Pixabay

Ronald NossigVice-presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo – SBVC; sócio do Oasislab e da Varejo180; membro do Conselho do Varejo – CDV e do Conselho de Inovação – CONIN da Associação Comercial de São Paulo – ACSP; e membro da Governança do Comércio de Londrina

Quer ficar por dentro de tudo o que acontece no varejo de São Paulo e ainda ganhar diversos benefícios para o seu comércio?

Clique aqui e associe-se agora mesmo à ACSP!