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Meta em verso e prosa: uma meta é um alvo, mas pode ser o inatingível

Será que o Gilberto Gil foi na NRF passada? O metaverso dele não está tão fora do contexto geral… Esse tal metaverso decantado em verso e prosa na NRF 2022, ou como se diz lá em Minas, em prosa pra mais de metro, deixou mais dúvidas que certezas. Chegou chegando como outras modas tecnológicas, mas ainda vai ter de se provar no mundo real dos negócios. Digo, se a sua marca não é de luxo com um monte de grana pra apostar e causar, nem tem uma verba de marketing pra demonstrar como você é vanguarda e cool, deve esperar pra ver onde isso vai parar e como você pode efetivamente fazer negócios com essa ferramenta. Porque, não se engane, ou isso vira uma ferramenta de negócios ou não terá relevância. A questão é: que metaverso vai virar?

Tecnologias são assim. Vou usar um exemplo jurássico, o vídeo cassete (crianças, vão procurar no youtube!). Quando saiu existiam dois sistemas: Betamax e VHS. O Betamax era melhor tecnicamente, melhor qualidade de imagem, bom custo, tudo de bom. Era a escolha racional a se fazer, mas o que vingou foi o VHS pela força comercial e virou estândar de mercado. Se você produzisse em Betamax não ia ter cliente, a PLATAFORMA (guarde esse nome) era o VHS.

PLATAFORMA é uma das chaves. Se você não é uma marca de luxo com orçamento ilimitado para experimentar novidades, ou se não tem um plano estratégico de marketing que possa se beneficiar da divulgação de ser um “early adopter” (com os riscos que este investimento traz), minha experiência como empresário recomenda que você aguarde o amadurecimento da tecnologia. Como muitos dos temas relevantes que aparecem nas feiras, este ainda vai ter muito chão para se popularizar. (Lembra quando surgiu o Omnichannel na NRF?)

Na verdade, nem está claro o que é considerado metaverso. Vai desde o uso de realidade aumentada em ambiente real até universos paralelos completamente virtuais. Porém, o conceito ainda está bem aberto, mas uma coisa é certa: não existe UM metaverso. Existem diversos e infinitos, por isso a plataforma será essencial! O investimento provavelmente será muito grande para os pequenos, que deverão aderir, como aderem hoje aos marketplaces. A usabilidade e a acessibilidade serão primordiais e, possivelmente, haverá segmentações e nichos para mercados diferentes. Outro ponto primordial é que uso terá. Afinal, o metaverso é uma ferramenta de venda ou de relacionamento, um canal adicional de contato? Ou seja, se sua marca vende produtos virtuais ou digitais pode necessitar de uma experiência diferente daquela que vende somente fisicamente. Então, vai usar o metaverso como mais um canal em sua estratégia.

Enfim, o metaverso é mais um ponto de atenção para que o varejista fique atento às oportunidades que pode trazer, minimizando os riscos de um investimento precipitado. Ou como diria Gilberto Gil, ao varejista cabe fazer, com que na loja venha caber, o incabível…

Uma meta existe para ser um alvo. Mas quando o poeta diz: Meta Pode estar querendo dizer o inatingível… Gilberto Gil – Metáfora

 

Marcos Andrade é presidente da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo – ABIESV, diretor da Expor Manequins e conselheiro do Conselho do Varejo – CDV da Associação Comercial de São Paulo – ACSP

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