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Material escolar aquece venda do varejo em janeiro

A estimativa é de alta nas vendas de até 9% em relação a janeiro de 2023

A volta às aulas é um período que aquece o início do ano e ajuda o comércio a ter bons resultados.

Considerada o ‘’Natal’ das papelarias e dos armarinhos, a volta às aulas é a principal data do ano para os empresários do ramo. No entanto, as restrições da pandemia de Covid-19 trouxeram inúmeros prejuízos para este setor varejista nos últimos anos. Mas, 2024 já aponta com forte recuperação das vendas, superiores ao mesmo período do ano passado.

“Devemos ter um ano bem melhor do que antes da pandemia começar, apesar da alta expressiva nos preços dos materiais escolares”, acredita o economista Rodrigo Albarez. “Notamos um grande movimento nas lojas já no início de janeiro e isso deve se intensificar até o fim do mês, quando as aulas serão iniciadas”.

Lojistas de grandes redes de papelaria preveem uma alta nas vendas entre 8% e 9% em relação a janeiro de 2023, com itens 8,5% mais caros e variação de preços que pode chegar a 264% entre as lojas. Além disso, a demanda cresce bastante em volume porque o primeiro mês do ano representa, anualmente, 40% das vendas.

ITENS MAIS CAROS

De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae), em 2024, os preços dos materiais escolares estão, em média, 8,5% mais caros do que em 2023.

“Diversos fatores corroboram para isso, como a inflação, o dólar mais alto e o aumento dos custos de produção”, pontua o economista Albarez.

No ano passado, os custos de produção de materiais escolares subiram 7,5%, segundo a Abfiae, principalmente com papel e tinta. Entre os itens que tiveram os maiores aumentos estão cadernos (15%), lápis de cor (12%) e borrachas (10%).

Além de os preços oscilarem de uma loja para outra, o peso dos tributos embutidos nos valores dos materiais escolares é alto.

Dados do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), apurados com auxílio do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), mostram que os tributos embutidos em uma caneta podem chegar a 49,95% do seu preço. No caso do lápis, chegam a 34,99%, dos cadernos, 34,99%, e das mochilas, 39,62%.

O item menos taxado é o livro (15,52%), que tem isenção de PIS, Cofins, ICMS e IPI.

RECOMENDAÇÕES AOS PAIS

Para dar conta da lista de exigência das instituições de ensino, os pais devem fazer uma minuciosa pesquisa de mercado e comparar os preços a fim de minimizar os custos.

Marcel Solimeo, economista da ACSP diz que o ideal é fazer as compras de itens básicos antes mesmo de receberem a lista de material escolar, como uma estratégia para evitar descompasso no orçamento.

Com informações do Diário do Comércio

IMAGEM: Leonardo Rodrigues/DC