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Dark Store: os 100 metros rasos da logística e distribuição

Num mundo cada vez mais conectado, oferecer a melhor e mais rápida experiencia de compra é diferencial competitivo

Dark Store, modelo de logística que vem se firmando a cada dia, pode ser comparado a uma corrida de 100 metros rasos. Ou seja, a velocidade faz toda a diferença. A cerveja gelada precisa ser entregue em 10 minutos. O aspirador de pó em algumas horas. No entanto, para isso é preciso estar cada vez mais perto do cliente.

Afinal, o que é uma dark store? Também chamada de loja escura ou loja invisível, é um ponto de venda ou centro de distribuição para compras online. Isto é, um mini CD para o qual a tecnologia faz toda a diferença. Embora localizadas em centros de intensidade populacional, geralmente ocupam áreas de baixo custo.

Segundo Francisco Alvarez, coordenador do Centro de Estudos e Pesquisas do Varejo – CEPEV- USP, a grande questão é que essência do varejo mudou. “Antes se esperava o consumidor vir até o varejo. Agora, ele pode comprar por diferentes formas. Então, é o varejo que tem de ir atrás do cliente”.

O modelo dark store oferece muitas vantagens. Isto é, otimização logística, financeira e operacional e eficiência dos estoques. Bem como operação contínua, o que garante entregas no menor prazo e satisfação do cliente.

No entanto, a tecnologia é fundamental nessa corrida pelos menores prazos de entrega. “Os espaços são pequenos. Não dá para ter 15 mil itens. Com ajuda de inteligência artificial é possível integrar e otimizar os estoques”, afirma o também Conselheiro do Conselho do Varejo.

Além disso, a análise de dados pode determinar comportamentos de consumo. Bem como consolidar estoques únicos para grupos de lojas numa mesma região, entre outros. “As lojas físicas podem ter o papel de minis centros de distribuição. E com o estoque em tempo real, você sabe em qual loja mais próxima do cliente tem o produto.”

Dark Store: estoques mais próximos do cliente

Em uma sociedade que vive na velocidade do mundo digital, a evolução do e-commerce foi a principal alavancadora das dark stores. Foi assim que a Amazon, segundo maior varejista do mundo, percebeu que o envio rápido do produto seria um diferencial. Com isso, passou a posicionar estrategicamente seus estoques.

No Brasil os principais varejistas já adotam o modelo. Alguns são híbridos com lojas físicas. Ou seja, o cliente compra pela internet e retira na loja mais próxima. Outros são 100% distribuição, totalmente fechado a clientes. Nas grandes cidades, esses minicentros de distribuição também favorecem a mobilidade urbana. Dependendo do raio de distribuição, a entrega pode ser feita por diferentes meios de transporte.

Durante as restrições impostas pela pandemia, esse modelo de armazenamento e distribuição foi crucial para o varejo. Ou seja, a compra sem contato físico e com a possibilidade de retirar o produto pelo sistema drive thru.

Com a integração dos canais de vendas, as dark stores têm espaço garantido nessa nova configuração. Afinal, o cliente busca cada vez mais respostas ágeis para suas demandas. Por outro lado, o varejo precisa entregar essa experiência ao cliente com processos mais eficientes e de menor custo. Nessa corrida, também ganha o mais veloz!